sábado, 19 de dezembro de 2009

Sebastião Nunes revisita Adão e Eva

Nosso homem em Sabará
(João Pombo Barile - Jornal "O Tempo")

"Em Sabará? Mas é longe demais". A reclamação que ouvi, da editoria de fotografia aqui do jornal, assim que pedi uma foto do escritor Sebastião Nunes, me fez pensar no isolamento voluntário de um dos mais interessantes escritores da literatura brasileira contemporânea. Na época do online e dos grandes eventos literários - onde trombamos com novos escritores o tempo todo numa velocidade ridícula -, o isolamento de Tião surpreende. O homem é, definitivamente, contra o marketing.
Por isso o lançamento, hoje, de "Adão e Eva no Paraíso Amazônico" é uma excelente oportunidade para simplesmente vermos o Tião. No livro, o escritor faz uma seleção dos 50 mais representativos textos publicados por ele neste Magazine, onde é o cronista de domingo desde 2001.
Para falar sobre o livro, o Magazine conversou com Tião. Confira, a seguir, os melhores trechos da entrevista.
. O Tempo: Durante várias décadas, tivemos gente como Braga, Drummond, Bandeira, Paulo Mendes, Sabino escrevendo, ao mesmo tempo, nos nossos jornais. Hoje a situação é bem diferente. Como anda a crônica brasileira?
Tião Nunes: Acho que a crônica brasileira está como sempre esteve. Um gênero chegado ao entretenimento, contando casos do cotidiano e, às vezes, tentando ir um pouco além. Há alguns anos tentei ler um livro com as 200 melhores crônicas do Rubem Braga. Sabe que não consegui? Ganhei autografado outro do Fernando Sabino, e não fui muito longe. Enfim, talvez crônica seja isso mesmo, um texto ameno, sem pretensão à literatura séria, um divertimento. E isso não é ruim, pode ser até ótimo, ajudar a criar leitores, a despertar interesse em escrever e por aí vai. O saldo me parece bem positivo, só que tem gente demais escrevendo, daí a falta de qualidade em muitos.

. Você lê crônica?
Tião Nunes: Leio principalmente, e por incrível que pareça, crônicas sobre futebol, mas também sempre estou passando pra ver o que os colegas estão fazendo. Mas preciso ser sincero: minha curiosidade não vai além dos cronistas deste nosso jornal, O TEMPO, inclusive você e o Júlio, que estão fazendo uma dobradinha ótima. O que mais gosto aqui é a variedade de estilos e linguagens. Mas dos outros jornais não tenho paciência pra ler, nem na internet.

. As crônicas publicadas no novo livro são de difícil definição. Como escreve o escritor Fabrício Marques "na crônica-ensaio de Tião não há qualquer tipo de limite, nem ao menos de estilo literário, tanto em poesia como em prosa, que vai do lírico ao satírico e até à denúncia". A ausência de fronteiras entre os gêneros é uma característica da sua literatura?
Tião Nunes: Acho que sim, mais porque não tenho um estilo definido, sou também "um escritor sem estilo", como se autodefine Millôr. Seria incapaz de escrever um romance, até já tentei, mas não saiu nada, sempre muda alguma coisa na linguagem depois de dez ou 20 páginas. O único texto longo que consegui escrever - umas 20 páginas - é uma peça teatral, aliás chatíssima, que apelidei de "Republinclame" e é uma paródia da "República", de Platão, com Socratião e Plautião num diálogo dos mais descozidos sobre democracia, inclame, panderoso e mauserável, ou seja, minhas categorias sociais. E ainda sobre a ficção que se chama, um tanto forçadamente, de democracia, esse mito criado pelas oligarquias.

. Essa ausência de fronteira seria uma característica de nossa época?
Tião Nunes: Sinceramente não sei. Existe muito romance por aí, inclusive é moda livros enormes para jovens, mas com estilo bem simples, frasezinhas curtas, diálogos primários, acontecimentos palpitantes e movimentação extenuante, mas sem muita criatividade no conjunto. Talvez a grande característica de nossa época, em literatura e no resto, seja a descartabilidade, aquilo que se lê (ou se usa) uma vez e se joga fora. O consumismo e o desperdício vieram para ficar e não vejo saída ou solução para esse devoracionismo todopoderoso de tudo o tempo todo.

. Você sempre combateu a hegemonia da indústria cultural que centraliza a chamada "vida inteligente" no Rio e em São Paulo. Como vê esta centralização hoje? Piorou? Melhorou?
Tião Nunes: Melhorou só no sentido em que não é mais preciso sair de Minas nem de lugar nenhum. Qualquer lugar é o mundo todo. Mas a centralização é e será sempre uma questão econômica. O Rio, uma cidade belíssima com uma população egocêntrica e chatíssima, continua ditando parte das regras porque tem a Rede Globo, que controla a "sabedoria" nacional. Ou alguém vai me dizer que não é a Globo (bem, tem as outras redes televisivas também) que cria opinião e formula respostas para as perguntas que ela mesmo faz? O mundo hoje é um mundo de papagaios, que repete o que as TVs mandam repetir. Pensar se torna cada vez mais um raro privilégio. Já São Paulo é o centro econômico e isso diz tudo. Ou quase tudo, porque acho o mineiro (embora menos que cariocas e nordestinos) um tremendo preguiçoso. Mas não sei se isso é ruim. A essa altura da vida não sei mais nada. Será que vale a pena brigar por alguma coisa, mesmo que sejam dignidade ou ética? Trabalhar feito louco numa profissão idiota, isso eu sei que não vale nada. Os paulistas fazem isso. Mas eles também trabalham muito no que, do meu ponto de vista, vale a pena, como arte ou ciências. Resumindo, Rio e São Paulo controlam mais da metade dos meios de comunicação, difusão cultural e edição, seja lá do que for. Assim, é razoável que, enquanto o resto do país não reagir, tudo continuará como está. Sinto mesmo, porque tenho muitos amigos nordestinos, que eles, os nordestinos, cultivam um tremendo complexo de inferioridade em relação a nós, mineiros, e ainda maior em relação a cariocas ou paulista. Como mudar isso, sentindo-se inferior?

. Em geral, você se mostra bastante cético em relação aos festivais de literatura. É possível ser conhecido hoje sem ser marqueteiro?
Tião Nunes: Atualmente nem quero mais saber. Escolhi um nicho, me fixei nele, tenho um punhado de amigos e companheiros na mesma linha, acho isso suficiente. O diabo é que todo mundo hoje, em literatura, está tomando a atividade como meio de vida, como não era antes. Todos tinham um emprego e escreviam nas horas vagas. Parece que hoje só existe uma atividade e um interesse: o de ser vendido, conhecido, premiado, badalado. Não é nem um pouco saudável, claro, por isso mesmo todos estão ficando parecidos e os mais bem-sucedidos acabam sendo bem fraquinhos, como sempre foi.

. Além de escrever os textos para o Magazine você também ilustra. Poderia falar um pouco dessa "união" texto e gravura?
Tião Nunes: É aquela velha história do ovo e da galinha. Um nasce primeiro, o outro é consequência. Sempre foi assim que fiz porque tenho interesses muito variados. Com o computador passei a me divertir muito mais do que antes porque ficou muito mais fácil unir as duas coisas.

. Você se interessa por literatura brasileira contemporânea?
Tião Nunes: Sendo muito sincero e nada original, chega um momento na vida que é o tempo da releitura. Não dá pra entrar numa livraria e ficar garimpando novidades, como fiz dos 20 aos 30 anos. Recebo muita coisa, uns dois ou três que prestam e o resto absolutamente descartável. Às vezes abro um livro que me surpreende, mas é cada vez mais raro. Enquanto o miolo vai ficando mole, a curiosidade (e o espanto) decai.

. Você é também editor. Como anda o mercado editorial brasileiro?
Tião Nunes: O escritor perdeu a briga com o editor, uma coisa que sempre foi meio parelha. Tendo o livro virado mercadoria, hoje estamos cheios de editores semianalfabetos decidindo o que publicar, quase sempre besteira, seja para crianças pequenas, jovens ou adultos. As multinacionais entraram aqui com a faca, o queijo e a fome. Das brasileiras, umas engolem as outras. Repete-se aqui o fenômeno dos Estados Unidos da concentração quase total, peixes grandes devorando os pequenos e os pequenos engolindo os miudinhos. No fim, a uniformidade se torna a regra. Acabo tendo um certo nojo da coisa toda, principalmente ao verificar como os distribuidores se tornaram importantes, muito mais que os escritores. O mundo então é de quem vende mais, e não mais de quem escreve bem. Mas será que algum dia foi? Ou só o tempo decide o que fica e o que vai pro lixo?

. Por fim uma pergunta no estilo "Caderno B" do "JB": se você fosse para uma ilha e pudesse levar só cinco livros, que livro você levaria?
Tião Nunes: Eta perguntinha difícil! Mas acho que dá pra responder: "Os Irmãos Karamazov, de Dostoievski; "O Castelo", de Kafka; "Ulisses", de Joyce; as obras completas de Simenon com o detetive Maigret; "Vidas Paralelas", de Plutarco; "Obra Poética", de Fernando Pessoa; "Asterix, o Gaulês" (todos os álbuns). Acabei escolhendo sete, mas que fazer? E ainda ficou faltando muitos outros. "Dom Quixote", de Cervantes, que talvez em outro momento viesse em primeiro lugar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Livraria e Editora Crisálida está de site novo!!!

Visitem o novo site da Editora e Livraria Crisálida, conheçam nosso catálogo de publicações e usufruam de vários serviços disponíveis:
* Consulta a todo nosso catálogo (você poderá baixar o catálogo da Crisálida em PDF), bem como o da Editora Dubolsinho de livros infanto-juvenis, com informações técnicas e capas dos títulos;
* Busca rápida de títulos;
* Carrinho permanente: qualquer produto adicionado ao seu carrinho de compras permanecerá lá até que você o remova, ou os compre;
* Catálogo de endereços: podemos entregar seu pedido em qualquer outro endereço que não seja a sua residência; assim poderá enviar presentes para amigos e ainda solicitar embalagem especial para tal ocasião;
* Histórico de pedidos: veja o histórico de seus pedidos feitos ao nosso estabelecimento;
* Comentários sobre produtos: compartilhe suas opiniões sobre nossos produtos com outros clientes;
* Acessar nosso blog com informações sobre eventos, títulos, autores e imprensa;
* Acessar nossa lista de distribuidores no Brasil e de livrarias parceiras que vendem livros da Crisálida;
* E em breve você poderá fazer compras de todos os títulos do acervo da livraria Crisálida (especializada em ciências humanas) e de folhetos de cordel.

Acessem o site: www.crisalida.com.br







sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Besouro Mangangá (Besouro Cordão de Ouro)

Manuel Henrique (1897-1924), Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro, foi um lendário capoeirista da região de Santo Amaro, Bahia. Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que tinha o “corpo fechado”, que balas e punhais não podiam feri-lo. Porém, mesmo as circunstâncias da sua morte são contraditórias. Há versões de que foi num confronto com a polícia, e outras que foi na “trairagem”, num ataque de faca pelas costas. A palavra capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo Tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manuel Henrique que, desde cedo aprendeu, com o Mestre Alípio, os segredos da Capoeira na Rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado como Besouro Mangangá por causa da sua flexibilidade e facilidade de desaparecer. Quando os adversários eram muitos e a vantagem da briga pendia para o outro lado, “Besouro” sempre dava um jeito, desaparecia. A crença de que tinha poderes sobrenaturais veio logo, confirmando o motivo de ter ele sempre que carregar um "patuá". Misto de vingador e desordeiro, Besouro não gostava de policiais e sempre se envolvia em complicações com os milicianos e não era raro tomava-lhes as armas, conduzindo-os até o quartel. Negro forte e de espírito aventureiro, nunca trabalhou em lugar fixo nem teve profissão definida. Manuel Henrique, o Besouro Mangangá, morreu jovem, com 27 anos, em 1924, restando ainda dois dos seus alunos: Rafael Alves França, Mestre Cobrinha Verde, e Siri de Mangue. Hoje, Besouro é símbolo da Capoeira em todo o território baiano e nacional, sobretudo pela sua bravura e lealdade com que sempre comportou com relação aos fracos e perseguidos pelos fazendeiros e policiais. [texto extraído de http://www.portalcapoeira.com/wiki]
Recentemente, estreou no Brasil o filme “Besouro – o filme”, dirigido por João Daniel Tikhomiroff, com Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa, Flavio Rocha, Irandhir Santos, Macalé, Leno Sacramento, Chris Vianna, Sérgio Laurentino, Adriana Alves, e Miguel Lunardi no elenco.
No livro “Capoeira em Cordel”, de Olegário Alfredo, publicado pela Editora Crisálida, um dos textos é sobre Besouro: A verdadeira história de Besouro Mangagá e a faca de tucum. Vejam um trecho do cordel de Olegário:

Mandei fechar meu corpo
Com mandinga e patuá
Para contar a sabença
Do Besouro Mangagá
Peço a Deus a proteção
Dentro do meu cazuá.
[...]
O Besouro Mangagá
Ou besouro venenoso
Apelido que ganhara
Por seu um misterioso
Na hora da confusão
Sumia feito o Tinhoso.
[...]
Faca de tucum matou
O Besouro Mangagá
Foi a faca que quebrou
O encanto do patuá
A capoeira brasileira
Deve a ele, meu camará.

LIBRE - Liga Brasileira de Editoras

Visitem o site da LIBRE!!! - www.libre.org.br

A Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) é uma rede de editores independentes que trabalha cooperativamente pelo fortalecimento de seus negócios, do mercado editorial brasileiro e da bibliodiversidade. É uma associação de interesse público, sem fins lucrativos, filiação político-partidária, livre e independente de órgãos públicos e governamentais, constituída em 01 de agosto de 2002, de duração indeterminada, entidade máxima de representação das editoras independentes de todo o Brasil.
A LIBRE tem por missão preservar a bibliodiversidade no mercado editorial brasileiro por meio do fortalecimento do negócio da edição independente e constitui-se como uma rede de editores colaborativos em busca de reflexão e ação para a ampliação do público leitor, do fortalecimento das empresas editoriais independentes, e da criação de políticas públicas em favor do livro e da leitura.
Desde sua fundação, a LIBRE vem consolidando seu papel por meio da presença em debates públicos sobre a política do livro (com as demais entidades representativas do mercado editorial) e em eventos nacionais e internacionais.
A entidade aumentou a inserção de seus associados em feiras, por meio de estande coletivo ou inscrição coletiva em condições especiais de participação, com destaque para a participação nas feiras internacionais de Frankfurt (Alemanha), Paris e Montpelier (França) e Buenos Aires (Argentina) e em eventos nacionais, como a Bienal do Livro, e as feiras Panamazônica e de Ribeirão Preto.
Na área de Programas Governamentais, aproximou-se de discussões acerca dos processos de seleção e compra de livros feitas pelos governos (municipais, estaduais e federal), contribuindo para a construção de programas mais transparentes, eficientes e amplos. Com isso, sob a forma de consórcio, algumas editoras da LIBRE vêm participando de concorrências abertas pelo Governo Federal para o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE).
No que toca à comercialização, a LIBRE vem buscando alternativas para a modernização do sistema de distribuição do livro no país e soluções para uma entrada mais efetiva dos editores da liga nas grandes livrarias do Brasil e mesmo do exterior.
Números da LIBRE:
* 104 editoras filiadas
* 10.000 títulos em catálogo aprox.
* 100 novos lançamentos por mês aprox.
* 1.200 novos títulos lançados por ano aprox.
* 2.400.000 de exemplares impressos por ano aprox.
[texto extraído do site da LIBRE]


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Convite de Lançamento


A Fundação Educacional de Divinópolis-MG (FUNEDI/UEMG) e a Editora Crisálida convidam a todos para o lançamento de três livros publicados em parceria (FUNEDI/Crisálida):
-
História e memória do Centro-Oeste mineiro: perspectivas, organizado por Batistina Maria Corgozinho, Leandro Pena Catão e Mateus Henrique de Faria, é uma reunião de produzidos a partir do II Seminário História e Memória do Centro-Oeste Mineiro - cidade, memória e cultura, organizado pela FUNEDI, com o objetivo de sedimentar e sistematizar abordagens sobre a história regional. No Brasil, parte do trabalho de preservação, recuperação e narração da memória ficou a cargo de memorialistas. As reflexões em curso nas ciências humanas e sociais sobre a história local e regional valorizam esse campo de pesquisa e têm contribuído para que o 'dever de memória' seja objeto de estudos de um 'trabalho de memória'.
-
Cidadania, memória e patrimônio: as dimensões do museu no cenário atual, organizado por Flávia Lemos Mota, João Ricardo Pires e Leandro Catão, reúne textos que procuram debater sobre o papel da memória e dos museus na sociedade do início do século XXI, estabelecendo um diálogo fecundo entre diferentes setores da sociedade e da cidade.
-
Educação, cultura e organizações sociais: ensaios interdisciplinares, organizado por Alexandre Simões e Leandro Catão, cuja coletânea de artigos é fruto de uma 'inquietude' que ultrapassa a circunstância local para se aliar àquilo que nela há de global. Constitui um esforço no sentido de pensar, analisar e observar não só as inquietações intelectuais dos autores, mas a possibilidade de quebrar barreiras epistemológicas, o cruzamento de fronteiras tradicionalmente constituídas desde o século XIX entre as áreas do saber, penetrando em espaços novos, cruzados, entremeados.

O evento será realizado no dia 5 de dezembro de 2009, às 10 hs, na Boutique do Livro (Av. Antônio Olímpio de Morais, 487, Centro, Divinópolis/MG - tel: 37. 3221.8753)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Rainer Maria Rilke, o poeta estrangeiro

O poeta estrangeiro

por Bolívar Torres

O poeta austríaco Rainer Maria Rilke (1875-1926) já era o responsável por algumas das principais obras-primas da língua alemã – como "A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke", "Elegias de Duíno" e "Os sonetos a Orfeu" – quando, nos últimos anos de vida, já residindo na Suíça, resolveu adotar o francês. Depois de burilar o idioma de origem, alcançando o limite da abstração, resolveu partir para um novo desafio.
De seus 400 poemas francófonos, porém, apenas 86 haviam sido vertidos para o português.
O número aumenta agora com a publicação bilíngue de "As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses", que traz traduções ainda inéditas no Brasil. Deixados prontos para impressão pelo autor (mas publicados somente em 1927, um ano depois de sua morte) e desconhecidos por aqui, os textos mostram um Rilke tateando em território virgem. Como se, ao chegar ao final de uma obra consagradora, sentisse a necessidade de abraçar outros sons, ritmos e palavras, voltando a assumir os riscos de um iniciante.
– A poética presente aqui passa pelo domínio incompleto de uma língua – explica Guilherme Gontijo Flores, tradutor dos versos da série As janelas. – Os resultados são diferentes dos poemas em alemão, mas não menos interessantes. Toda questão é contrair o que há de estrangeiro dentro da língua. Em outro idioma, ele consegue retomar um estado de encantamento com o mundo, bem próprio de uma criança.
Alma atrás dos objetos
Os 10 poemas do ciclo As janelas juntam-se às traduções de outras duas de suas séries “francesas”: Jardins e As rosas. Todas trazem, como em suas obras alemãs, o mesmo apego ao concreto – o que seu mestre, o escultor Auguste Rodin, chamava de “lição de coisas”. Nada da matéria universal lhe é indiferente. Rilke parte da figura exata de uma janela (objeto de passagem e transição por excelência) e a transforma em um simulacro da fantasia humana – espécie de “moldura viva”, jogo de olhares e projeções entre o que está dentro e fora de sua geometria (quem está fora fantasia e poetifica o que está dentro, e vice-versa).
Paradoxalmente, encontra na concretude absoluta do objeto a sua dose de transcendência.
Em sua Homenagem a Rainer Maria Rilke, o escritor francês Edmond Jaloux lembra o culto que o poeta dedicava aos objetos: “Ele falava deles com um tom singular.
A mínima coisa tocada se transformava, em suas mãos, num talismã, uma maneira de corresponder com qualquer coisa de invisível, a alma escondida atrás da matéria”.
– É como se ele buscasse a alma por trás do objeto – ressalta Flores.
– Ele trabalha com a subjetividade do observador, mas ao mesmo tempo passa o olho para a própria coisa, a figura da janela em si.
O tradutor diz que adotou um processo de “recriação poética”, que seria mais apropriado a uma edição bilíngue.
– A percepção inicial é que, para Rilke, o ritmo e enquadramento das rimas é uma questão fundamental – esclarece. – A métrica não é rigorosa, mas há uma musicalidade, cujo ritmo é marcado pela rima. O mais importante era garantir que esse projeto estético de enquadramento passasse na tradução, alcançasse um equivalente, e que os originais dialogassem com suas traduções, numa tentativa de unir ética e estética.
Já os poemas em prosa reunidos no livro não foram publicados em vida pelo autor. Rilke adotou o formato (popularizado nos século 19 por Baudelaire, poeta que o fascinava) em obras importantes, como "A canção de amor e de morte do porta-estandarte Cristóvão Rilke".
– Rilke, em seu “recomeçar” poético em outra língua, também fez incursões no poema em prosa que não atraem apenas pela forma.
Como se não pretendesse ficar em dívidas com a França – avalia Bruno Silva D’Abruzzo, tradutor dos poemas em prosa. – Uma leitura mais pausada desses textos revela alguns temas recorrentes na obra do escritor.
Neles, aparece, por exemplo, a figura do saltimbanco, que inspirara Rilke em sua famosa Quinta elegia, na qual, segundo José Paulo Paes, “versa o tema de um quadro de Picasso, Os saltimbancos, que causara funda impressão em Rilke. Já em Cimetière, encontramos “versos” que nos remetem àqueles que o poeta compôs como seu epitáfio.


(Jornal do Brasil - Domingo, 22 de Novembro de 2009)
acesse a matéria em www.jb.com.br


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

19 de novembro - Dia do Cordelista


Na data de nascimento de Leandro Gomes de Barros (1865-1918), um dos maiores poetas populares do Brasil, comemora-se o Dia do Cordelista. O termo "cordel" deve-se ao barbante (também chamado cordão ou cordel) em que os folhetos ficam dependurados para a venda nas feiras, mercados e praças. A literatura de cordel desenvolveu-se principalmente no nordeste brasileiro, trazida pelos imigrantes portugueses.

A literatura de cordel é reconhecida como uma das mais importantes manifestações culturais brasileiras. Ela ajuda a perpetuar a memória viva do povo, incorporando elementos da literatura oral e da escrita. Em sua rica estrutura de ritmo, métrica e rima, os poemas narrativos em cordel registram as formas populares de falar e pensar sobre temas variados de nossa história e de nossa cultura.

A boa recepção do cordel por parte dos leitores de todas as regiões do país faz dele uma de excelente ferramenta na sala de aula.

A Editora Crisálida já lançou duas antologias de cordel do autor Olegário Alfredo, poeta e capoeirista mineiro, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel: "Folclore em cordel" e "Capoeira em cordel".
As obras podem ser adquiridas através dos sites: www.crisalida.com.br / www.livrariacultura.com.br / www.travessa.com.br / www.martinsfontespaulista.com.br / ou pelo telefone (31) 3222 4956

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

20 de novembro – Dia da Consciência Negra




O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do autopreconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra. [parte deste texto foi extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Consci%C3%AAncia_Negra]

A EditoraCrisálida apresenta alguns títulos de seu catálogo que, seja histórica ou literariamente, tratam do tema, e podem ser encontrados nos seguintes sítios: www.crisalida.combr / www.livcultura.com.br / www.travessa.com.br / www.martinsfontespaulista.com.br / www.ciadoslivros.com.br / ou pelo telefone (31) 3222 4956

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Editora Dubolsinho


A Crisálida Livraria e Editora está distribuindo a Editora Dubolsinho de livros infanto-juvenis.

A Dubolsinho surgiu em 2000, com o objetivo básico de editar livros de boa qualidade, e com peculiaridades que fazem dela uma editora bastante original, em termos geográficos, sociais e culturais.
Para começar, é constituída por 40 cotistas, residentes em Minas, Rio, São Paulo e até no exterior.
Não tem fins lucrativos, optando por preços baixos, grandes descontos para órgãos públicos e doação de livros a escolas e entidades assistênciais e comunitárias.
Mais ainda: além de publicar autores e ilustradores da casa e convidados, se dedica a descobrir e lançar novos talentos escondidos em cada de nossa terra.
Muitos de seus títulos já foram selecionados pelos seguintes programas de educação: Programa Nacional do Livro Didático-SP, Programa Nacional Biblioteca da Escola, Fundação Nacional de Livro Infantil e Juvenil e pelas Secretarias de Educação de Belo Horizonte e Contagem-MG.

Os títulos da Dubolsinho podem ser adquiridos na loja da Crisálida e do Casulo Entrelivros, em Belo Horizonte, ou através das livrarias virtuais: www.ciadoslivros.com.br /www.martinsfontespaulista.com.br / www.crisalida.com.br

Primavera dos Livros nos jardins do Catete

A Crisálida participa da 15ª Primavera dos Livros acontece de 26 a 29 de novembro, com a Literatura de Cordel como tema, em homenagem ao centenário de nascimento do poeta, compositor e repentista cearense Patativa do Assaré. Dentro da programação haverá palestra e lançamento de livro do cordelista Olegário Alfredo, que tem dois livros publicados pela Crisálida.

O evento é realizado pela Libre-Liga Brasileira de Editoras, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, nos jardins do Museu da República, das 10h às 22h. Estão previstos lançamentos, atividades para crianças, uma programação especial para professores e venda de livros com até 50% de desconto, em cerca de 90 estandes, onde os editores estarão presentes para trocar ideias com o público. A entrada é gratuita.

15ª Primavera dos Livros
26 a 29 de novembro de 2009 (dia 26, a partir das 18 horas)
Jardins do Museu da República (Palácio do Catete)
Rua do Catete, 153 - RJ
Das 10h às 22H

Entrada gratuita

www.libre.org.br

Capoeira em cordel


A capoeira é o tema do novo livro da Crisálida. Este livro reúne os textos de 15 folhetos de cordel que têm a capoeira como tema. Debates, pelejas e desafios entre célebres capoeiristas como Mestres Pastinha, Bimba, Nestor Capoeira, Manduca da Praia e outros ganham vida nos versos do cordel, levando o leitor a se familiarizar com o vocabulário das rodas de capoeira.

O autor, Olegário Alfredo (Mestre Gaio), é poeta e capoeirista mineiro, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, autor de mais de 100 títulos de folhetos de cordel; publicou o livro "Folclore em cordel (antologia)".

A literatura de cordel ajuda a perpetuar a memória viva do povo, incorporando elementos da literatura oral e da escrita. Além de representar uma excelente ferramenta paradidática na sala de aula, pela sua importância cultural e rica estrutura de ritmo, métrica e rima, também destaca as formas populares de falar e pensar sobre temas variados da cultura brasileira.


Capoeira em cordel (antologia)

autor: Olegário Alfredo

ISBN:978-85-87961-48-8

Formato: 11 x 16 cm, 128 páginas, brochura

Tema: poesia brasileira; literatura de cordel; capoeira

Preço: R$ 16,00


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"O segredo de Minas" adotado!

O livro "O segredo de Minas", de Amilcar Martins Filho, que publicamos há poucos meses, foi indicado como leitura obrigatória para a seleção do Mestrado em História da UFMG. Indicações são sempre bem-vindas!

Marcadores de páginas

Diversos leitores-colecionadores entram em contato com a Crisálida para pedir nossos marcadores de páginas. Difícil enviar para todos os que pedem: o custo de postagem + envelopes fica alto quando multiplicado por 3.000...
Sempre enviamos um ou mais marcadores junto com a compra de cada livro, seja através de nosso sítio ou da Estante Virtual.

Uma iniciativa que apoiamos com entusiasmo é a do colecionador francês Patrick Bouteau, que montou um museu online com marcadores de livros de todos os tipos, formatos, temas, procedências... Vale a pena ver como o colecionismo amador pode se tornar uma bela obra aberta ao público: Le Musee du Marque Page

Marcadores de livros

Muitos leitores gostam de usar marcadores de livro para decoração de escrivaninha ou quadros de parede. Tem gente que até usa para marcar a página em que parou a leitura!
Quase todos os livros da Crisálida têm um marcador, com projeto gráfico baseado no da capa. O da edição de Rilke foi feito pela Terezinha sobre fotografia de Murilo Romeiro.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

As Janelas, de Rilke



Já disponível a edição bilíngue (francês-português) de poemas franceses de Rainer Maria Rilke.
Considerado um dos grandes escritores do século 20, Rilke escreveu a maior
parte de sua obra em alemão, como as famosas Elegias de Duíno, os Sonetos a
Orfeu, Os cadernos de Malte Laurids Brigge e as Cartas a um jovem poeta, que
já receberam mais de uma tradução brasileira, sempre pelas mãos de grandes
poetas e tradutores.
O Rilke francês, entretanto - também poeta, elogiado por Valéry e Gide -, esse
ainda cresce através de estudos e traduções a cada dia, como nessa primeira
tradução do ciclo "As janelas" e de todos os poemas em prosa franceses.

sábado, 8 de agosto de 2009

O segredo de Minas

O segredo de Minas: a origem do estilo mineiro de fazer politica (1889-1930)

Autor: Amilcar Vianna Martins Filho

ISBN: 978-85-87961-47-1
Formato: 15,6 x 22 cm, 306 páginas, brochura

Tema: história do Brasil; história política e econômica do Brasil

Preço: R$ 40,00

Sinopse:

Ao revelar o segredo de Minas, Amilcar Martins Filho não contribuiu somente para que se aprofundasse o entendimento das relações entre interesses econômicos e interesses políticos numa área regional, o que já não seria pouco. Foi além, abrindo caminho para a melhor compreensão da Primeira República e, mais ainda, para a compreensão do patrimonialismo, cuja marca esteve presente nas relações sócio-políticas do país.

O livro tem uma dupla importância. De um lado, contribui significativamente para a construção de um edifício nunca acabado -- por não ser passível de acabamento final -- cujos alicerces se localizam no tema clássico das relações entre representação política e elite econômica. De outro, dá um grande passo no sentido de elucidar um rótulo atraente e ao mesmo tempo enganoso da nossa historiografia: o da república do café com leite. Rótulo enganoso porque nem a metáfora se ajusta à realidade da diversificação da economia mineira, nem o reducionismo econômico pode dar conta do papel desempenhado pelos dois estados mais importantes da Federação, entre 1889 e 1930.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lançamento do livro Três peças francesas traduzidas por Machado de Assis, organizado por Jean-Michel Massa.
Dia 5 de junho (sexta-feira), na Livraria Cultura (Av. Paulista), das 18:30 às 21:30.

Título: Três peças francesas traduzidas por Machado de Assis

Organizador: Jean-Michel Massa

ISBN:978-85-87961-37-2

Formato: 14 x 21 cm, 320 páginas, brochura

Tema: teatro; tradução literária

Preço: R$ 46,00

Sinopse:
Esta edição pretende documentar e tornar disponível parte da produção ainda
inédita de Machado de Assis. Reproduz os textos completos de três peças teatrais
francesas traduzidas por Machado de Assis, todas inéditas. Cada uma das três
peças ("Os burgueses de Paris", "Tributos da mocidade" e "Forca por forca")
traz ainda uma apresentação e notas elaboradas pelo organizador, o professor
francês Jean-Michel Massa, um dos maiores conhecedores da obra do escritor
brasileiro, responsável pela localização e publicação de boa parte da obra esparsa
de Machado de Assis; autor dos livros "Machado de Assis tradutor" (Crisálida) e "A juventude
de Machado de Assis: ensaio de biografia intelectual" (Unesp).



segunda-feira, 20 de abril de 2009

Estamos organizando a casa para, em breve, colocar em circulação mais alguns livrinhos.
O que vem por ai:
- Tres peças francesas traduzidas por Machado de Assis. O livro estará nas boas livrarias ainda em maio.
As traduções são inédita e foram localizadas, transcritas e anotadas por Jean-Michel Massa, professor francês, de quem a Crisálida já publicou o ensaio Machado de Assis tradutor. É dele também a melhor biografia de Machado de Assis, A juventude de Machado de Assis, em que analisa os anos de formação do escritor brasileiro.

- As janelas e poemas em prosa franceses, de Rainer Maria Rilke. Apesar de ter o alemão como língua mãe, Rilke escreveu uma grande quantidade de poemas em francês. A edição desses poemas, todos inéditos em português, será bilíngüe.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Parceria com o ICAM

A Crisálida passa a ser parceira editorial do Instituto Cultural Amilcar Martins (ICAM). Em breve será publicado o primeiro livro em parceria, um estudo sobre a política da Primeira República brasileira, com destaque para a forma de atuação dos políticos mineiros. O título é sugestivo: "Os segredos de Minas: o jeito mineiro de fazer política". O autor é o historiador Amilcar Martins Filho, professor na FACE/UFMG.
Três livros já publicados pelo ICAM serão comercializados pela Crisálida e estarão disponíveis nas melhores livrarias. São eles:

COMO ESCREVER A HISTÓRIA DA SUA CIDADE
Amilcar Vianna Martins Filho
ISBN: 978-85-87961-44-0 [coedição com ICAM]
Formato: 12,0 x 19 cm, 216 pgs, brochura
Tema: história geral – metodologia da história
Ano de publicação: 2006 Preço: R$ 19,00
Pequeno manual para não-especialistas, com sugestões de como elaborar estudos de micro-história: história local, de família, institucional, fatos e eventos específicos e impacto local de movimentos e processos politico-econômico-sociais. Inclui bibliografia.

ITINERÁRIO DO RIO DE JANEIRO AO PARÁ E MARANHÃO PELAS PROVÍNCIAS DE MINAS GERAIS E GOIÁS

Raimundo José da Cunha Matos

ISBN: 978-85-87961-45-7 [coedição com ICAM]

Formato: 15,5 x 21 cm, 466 pgs, brochura

Tema: história do Brasil colonial – religião no Brasil – escravidão no Brasil

Ano de publicação: 2007
Preço: R$ 58,00

O Itinerário de Cunha Matos, publicado em 1836, contém informações muito importantes sobre o comércio e o trânsito de pessoas no trecho conhecido como Estrada Real. Tornado uma raridade bibliográfica após mais de 170 anos, agora está novamente disponível para pesquisadores da história do Brasil.

COMPROMISSOS DE IRMANDADES MINEIRAS DO SÉCULO XVIIIAmilcar Vianna Martins Filho (organizador)
Apresentação: José Mindlin

Estudo crítico: Caio Boschi

ISBN: 978-85-87961-46-4 [coedição com ICAM]

Formato: 22,5 x31 cm, 296 pgs, brochura

Tema: história do Brasil colonial – religião no Brasil – escravidão no Brasil

Ano de publicação: 2007 Preço: R$ 85,00

Edição com reprodução fac-similar de documentos inéditos de duas importantes bibliotecas: a do ICAM e a de Guita e José Mindlin: os compromissos da Irmandade de Nossa Senhora das Merces dos Pretos Crioulos; Irmandade da Virgem Senhora do Rosário dos Pretos do Arraial do Morro Vermelho de Sabará; Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Freguesia de São José da Barra Longa. Apresentação de José Mindlin, transcrição paleográfica de Cristina Antunes e estudo crítico de Caio Cesar Boschi.