terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sindicalismo no Brasil: os primeiros 100 anos?

José Reginaldo Inácio (org.). O sindicalismo no Brasil: os primeiros 100 anos? Belo Horizonte: Crisálida, 2007.

O sindicalismo brasileiro nasceu no século passado com o fortalecimento das indústrias na economia nacional. De lá para cá, não deixou de influenciar a vida do País. Foi graças à organização dos trabalhadores que conquistamos os direitos que nos protegem, garantimos avanços democráticos e o desenvolvimento nacional.
Tivemos muitas conquistas e vitórias importantes e também sofremos derrotas e perseguições. Nenhum direito, nada nos foi dado de graça. Custou muito sacrifício e tudo foi muito difícil.
Assim, o sindicalismo brasileiro não nasceu ontem. Tem uma longa história de serviços prestados ao Brasil e ao seu povo.
Desde 1949, quando comecei no sindicalismo, no Departamento de Força e Luz até o Conclat, realizado em agosto de 1981 – passando pelas lutas em defesa da Previdência, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), pelo Comando Geral dos Trabalhadores, pela OIT e pela Assembléia de Minas Gerais – sempre defendi os trabalhadores e sua unidade sindical.
Sinto que valeu a pena. Tenho a sensação de dever cumprido e recompensado pela luta incessante a as inúmeras conquistas dos brasileiros.
Hoje, eu não consigo entender como algumas pessoas e sindicalistas podem apoiar a retirada de direitos previdenciários e trabalhistas, tão importantes e duramente conquistados.
Para mim, a forma de enfrentar a exploração é muita força e muita união. Sou pela unidade dos trabalhadores e é dentro deste princípio que defendo a tese que não há lugar para discriminação no movimento sindical. Dentro do sindicato não vejo opção política, partido ou religião. Eu vejo trabalhador lutando pelos seus interesses e isso é o que importa.
O movimento sindical brasileiro precisa superar as atuais dificuldades e dar passos à frente.
Por isso, é com grande alegria e satisfação que vejo uma publicação como esta. Ela reúne estudiosos e dirigentes políticos e sindicais de diversas origens e opções políticas e aí esta a sua força. São análises, avaliações, balanços e propostas que valorizam o movimento dos trabalhadores e certamente, colaborarão para a busca de novos caminhos.
por Clodesmidt Riani

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